Ser bissexual está na moda ou é tendência?
Não se fala bissexualismo, pois 'ismo' remete à doença, e a homossexualidade e seus derivados não são consideradas doenças de acordo com a OMS
A cantora Fergie, do Black Eyed Peas, disse que já experimentou garotas. Outra cantora, a performática Lady Gaga, declarou ser bissexual. As atrizes Drew Barrymore e Ellen Page trocaram um selinho no ensaio para a revista Marie Claire, americana, de outubro, da qual são capa. No Brasil, Preta Gil já declarou ser 'total flex' e a ex-BBB Fani Pacheco assumiu a versatilidade sexual no livro Diário Secreto de uma Ex-BBB e, hoje, detalhe, tem namorado. Sem contar a campanha sensual da marca de sapatos Arezzo para o verão 2010, em que as atrizes Juliana Paes e Cléo Pires posam juntas em cenas com atitude lesbian chic mesmo declarando serem hétero na vida real. Será que está na moda ser bi, é puro marketing ou tendência?
A bissexualidade (não se fala bissexualismo, pois 'ismo' remete à doença, e a homossexualidade e seus derivados não são consideradas doenças de acordo com a Organização Mundial de Saúde), é definida quando uma pessoa tem orientação sexual voltada para ambos os sexos. Os especialistas em comportamento garantem que não é moda ou marketing e, sim, tendência. 'As pessoas estão mais abertas a experimentar o desconhecido', disse a psicóloga e sexóloga paulista Carla Cecarello. Isso se explica diante da indefinição amorosa pela qual muitos passam depois de numerosos relacionamentos sem sucesso. 'É uma forma de encontrar.'
Para a psicanalista e sexóloga carioca Regina Navarro Lins, autora de A Cama na Varanda (Ed. Best Seller), vivemos uma profunda transformação das mentalidades desde que a mulher passou a escolher seu rumo sexual com o surgimento da pílula, na década de 1960. Ao lado disso, ela acrescenta que o amor romântico começa a sair de cena levando com ele uma série de ideais, como o direito de exclusividade, abrindo espaço para um novo tipo de amor surgir. Um deles é a bissexualidade.
'Comecei a perceber que gostava de meninos e meninas aos 12 anos', disse a designer Tanya Duarte, 22 anos, de São Paulo. 'Aos 17 já tinha certeza, não por experiência, mas por ficar atraída por ambos os sexos.' Ela namorou com rapaz durante três anos e depois acabou conhecendo uma garota com quem se relacionou. Hoje é noiva de um homem, está de casamento marcado e tudo. 'Pretendo passar minha vida com ele. Tive sorte de encontrar a pessoa da minha vida, que poderia ser também uma mulher.'
Tanya é uma pessoa que já vive as transformações que aproximam o masculino e feminino. 'Vivemos no sistema patriarcal há 5 mil anos, que sempre dividiu a humanidade em duas partes, homem para um lado e mulher para outro', disse Regina. Nessa história, no entanto, muitos homens e mulheres se 'mutilam' para corresponder ao ideal, abrindo mão de aspectos importantes de personalidade. Não é caso de Tanya, que enfrentou o preconceito dos pais e até amigos. 'Quando namorava uma menina, assumi e apresentei-a aos meus pais.'
A cantora Fergie, do Black Eyed Peas, disse que já experimentou garotas. Outra cantora, a performática Lady Gaga, declarou ser bissexual. As atrizes Drew Barrymore e Ellen Page trocaram um selinho no ensaio para a revista Marie Claire, americana, de outubro, da qual são capa. No Brasil, Preta Gil já declarou ser 'total flex' e a ex-BBB Fani Pacheco assumiu a versatilidade sexual no livro Diário Secreto de uma Ex-BBB e, hoje, detalhe, tem namorado. Sem contar a campanha sensual da marca de sapatos Arezzo para o verão 2010, em que as atrizes Juliana Paes e Cléo Pires posam juntas em cenas com atitude lesbian chic mesmo declarando serem hétero na vida real. Será que está na moda ser bi, é puro marketing ou tendência?
A bissexualidade (não se fala bissexualismo, pois 'ismo' remete à doença, e a homossexualidade e seus derivados não são consideradas doenças de acordo com a Organização Mundial de Saúde), é definida quando uma pessoa tem orientação sexual voltada para ambos os sexos. Os especialistas em comportamento garantem que não é moda ou marketing e, sim, tendência. 'As pessoas estão mais abertas a experimentar o desconhecido', disse a psicóloga e sexóloga paulista Carla Cecarello. Isso se explica diante da indefinição amorosa pela qual muitos passam depois de numerosos relacionamentos sem sucesso. 'É uma forma de encontrar.'
Para a psicanalista e sexóloga carioca Regina Navarro Lins, autora de A Cama na Varanda (Ed. Best Seller), vivemos uma profunda transformação das mentalidades desde que a mulher passou a escolher seu rumo sexual com o surgimento da pílula, na década de 1960. Ao lado disso, ela acrescenta que o amor romântico começa a sair de cena levando com ele uma série de ideais, como o direito de exclusividade, abrindo espaço para um novo tipo de amor surgir. Um deles é a bissexualidade.
'Comecei a perceber que gostava de meninos e meninas aos 12 anos', disse a designer Tanya Duarte, 22 anos, de São Paulo. 'Aos 17 já tinha certeza, não por experiência, mas por ficar atraída por ambos os sexos.' Ela namorou com rapaz durante três anos e depois acabou conhecendo uma garota com quem se relacionou. Hoje é noiva de um homem, está de casamento marcado e tudo. 'Pretendo passar minha vida com ele. Tive sorte de encontrar a pessoa da minha vida, que poderia ser também uma mulher.'
Tanya é uma pessoa que já vive as transformações que aproximam o masculino e feminino. 'Vivemos no sistema patriarcal há 5 mil anos, que sempre dividiu a humanidade em duas partes, homem para um lado e mulher para outro', disse Regina. Nessa história, no entanto, muitos homens e mulheres se 'mutilam' para corresponder ao ideal, abrindo mão de aspectos importantes de personalidade. Não é caso de Tanya, que enfrentou o preconceito dos pais e até amigos. 'Quando namorava uma menina, assumi e apresentei-a aos meus pais.'
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